Os fãs do Incubus que descobriram a banda em tempos de Make Yourself, certamente ficaram surpresos e um tanto boquiabertos com o que viram na noite de 10 de abril de 2025. Foi histórico.
Era real? Aquela fila enorme para entrar no Espaço Unimed, uau. O que foi aquilo? Quer dizer que nunca estive sozinha? Tinha até ecobag com o nome da banda sendo vendida na porta.
Sei que pode parecer natural nos shows de hoje em dia, mas o fã dos primórdios da banda sabe bem do que estou falando. Gostar do Incubus era algo indie, diferentão, pois quase ninguém conhecia.
Então quer dizer que para além da turma do saudoso fórum IncubusBr, para além de minha amiga Manu, com quem passava horas confabulando sobre a banda no MSN, havia uma multidão de Incufãs?
Não era um delírio.
De todas as vezes em que vi os shows da banda no Brasil, com exceção do extinto festival SWU, nada se compara ao show da última quinta-feira. Foi uma experiência transcendental ouvir o Morning View na íntegra, com todos em coro, lindo e emocionante.
Não vai se repetir, temos que aceitar. Até porque, tem noção que o último show da banda em São Paulo havia sido em 2013, no festival Summer Break? O Incubus só tinha tocado em show solo quando veio pela primeira vez ao país, em 2007, no Citibank Hall. Todo o resto foi em festival, sendo o último o Rock In Rio do ano passado, que por sinal funcionou como uma espécie de aquecimento para esse show.
Passar por cada uma das 13 faixas foi como um ritual. De Nice To Know You a Aqueous Transmission, tudo aconteceu tão rápido e ao mesmo tempo era como se um túnel nos tivesse jogado de volta ao passado.
Normal a sensação de “pena que durou pouco” quando a gente está gostando tanto do momento.
Foi lindo, eu sei, mas não posso negar, minha torcida era que a banda repetisse o setlist do show de Curitiba. Eu queria ouvir Sick Sad Little World, ah como eu torci para que isso acontecesse…Mas rolou The Warmth e Dig, já previstas nos setlists dos últimos shows.
Fiquei felizona, mas… estranho seria a gente não querer um pouquinho mais.
Texto: Érika Freire @erikapsf
Fotos São Paulo e Curitiba: @manoelapx @carolreine @barbarakiyotani