Entrevista com Brandon para a Revista Baccala
Brandon Boyd é bastante conhecido no mundo todo como o vocalista e compositor da banda de rock multi-platina Incubus. Dessa forma, sua incursão no mundo das artes visuais é muitas vezes visto com muita curiosidade.
Criado em uma casa criativa, o nativo de Los Angeles de 42 anos, carregava um caderno de rascunhos desde a infância e era frequentemente encorajado a “desenhar seus sentimentos” como uma forma de auto-expressão, se tornando um hábito vitalício.
A facilidade inata de Boyd com essa prática o levou inicialmente a acreditar que a arte visual seria a sua carreira. Este caminho seria mudado significativamente quando ele começou uma banda com os amigos do Calabasas High School, que ficou conhecida como Incubus. O grupo ganhou um forte reconhecimento local e conseguiu um contrato de gravação logo em seguida.
Ao longo de suas duas décadas de longas turnês pelo mundo, uma coisa permaneceu constante para Boyd: um caderno de desenhos a seu lado. Essa compilação de esboços, observações e desenhos o levou a publicar seu primeiro livro em 2003 e fazer uma exposição solo de estréia em 2008. Sessão de autógrafos, conversas criativas, exibições em galerias e versões impressas logo surgiram enquanto ele aperfeiçoava seu trabalho, explorava o trabalho na tela e, como resultado, sua arte visual conquistou uma quantidade crescente de reconhecimento.
- Jen DiSisto
Introdução por Jen DiSisto
Entrevista por Jenna Putnam
Imagens de Alessandro Casagrande e Scott A. Sant'Angelo
Jenna Putnam (JP) - Qual é a parte mais difícil pra você, as pessoas tentando lhe rotular ou prendê-lo a um caminho?
Brandon Boyd (BB) - Acho frustrante quando essas questões surgem, e eu não tenho nenhuma opinião real, intelectualmente, em relação aos rótulos que são inevitavelmente colocados nas coisas que eu faço. Mas, dito isso, se fosse somente por minha conta, eu não colocaria um rótulo de nada em mim, ou qualquer artista nesse assunto. Como tenho certeza de que você já experienciou, rotular algo é semelhante a prende-lo, aterrá-lo e colocá-lo em um local já definido, principalmente para o benefício de quem observa. Primeiro como um observador, minhas experiências mais gratificantes com arte e música são quando estou confuso com o que estou passando. Quando não tenho um ponto de referência do que estou vendo ou ouvindo. Eu gosto de ver o que os artistas fazem quando eles se dão permissão de apenas fazer! No meu entendimento de como a maioria de nós percebe o mundo, me ocorre que todos precisamos nos compartimentar em algum momento, então faço o meu melhor para não levar pro pessoal quando alguém descreve algo que estou fazendo de uma forma que me faz encolher.
JP - Como você se sente em relação as mídias sociais e a maneira de como compartilhamos nosso trabalho hoje em dia?
BB - Minha opinião é de que a mídia social é parcialmente responsável pela queda de grande parte do nosso discurso social e político nos últimos dez anos. Mas também tem um potencial incrível, sua capacidade de democraticamente exibir arte e música e conectar pessoas em grandes escalas. Ela me apresentou alguns de meus artistas e bandas favoritas atuais, deu vida e impulsionou vários movimentos de justiça social que precisavam desesperadamente vir a tona, mas também ajudou a eleger um dos presidentes mais perigosos e incompetentes do país na história moderna. Então, ainda não está muito claro. Ah! Nenhuma tecnologia, seja intelectual ou espiritual, é totalmente desprovida de algum tipo de precipitação. São as conseqüências não intencionais das novas idéias que causam a impressão mais duradoura, na minha humilde opinião.
JP - O que você acha que é a coisa mais gratificante em ser vulnerável?
BB - Não ter mais nada para esconder.
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