segunda-feira, 16 de julho de 2018

Cinco perguntas com o Incubus (Entrevista com Jose)

Entrevista com Jose para o site Omaha World-Herald.


Cinco perguntas com o Incubus antes do show em Sioux City, Iowa.



O Incubus tem tido sucesso.

Após um período de seis anos sem um disco novo, a banda de rock alternativo se recuperou com o "8", uma seleção de novas músicas lançadas no ano passado.

E agora a banda está na estrada, tocando essas músicas e muitas outras favoritas. A turnê do Incubus traz a banda para o Hard Rock Hotel e Casino em Sioux City.  Antes do show, conversei com o baterista Jose Pasillas sobre o novo disco, o trabalho com o Skrillex e o que a pausa da banda fez para sua música.

Já faz um ano desde que o disco foi lançado. Existem músicas que são muito divertidas de tocar?

JP: É engraçado. Todo esse disco é muito divertido de tocar. Eu não posso dizer isso para todos os nossos discos. "No Fun" é muito divertida de tocar. "State of the Art" é uma das minhas favoritas. Até mesmo “Nimble Bastard”. Elas são todas músicas super energéticas. Tem sido uma explosão ir e tocar.

Então, Skrillex acabou produzindo o álbum, isso é muito legal. Não é como a maioria das pessoas esperaria. Como isso aconteceu?

JP: Quando o Skrillex entrou, tinhamos acabado. Nós já tínhamos 90% do caminho feito. Mike é amigo do Sonny há muito tempo. Mike estava almoçando com ele e estava a caminho do estúdio. Sonny queria vir e ouvir. Ele veio e acho que tocamos o disco todo pra ele.

Essa música, "Familiar Faces", para nós era uma ótima faixa do disco. Não era nada que estivesse se destacando pra gente. Sonny ficou tipo: "Vocês deveriam fazer isso e fazer aquilo". Ele é tão talentoso e tão rápido. Ele tinha todas as ideias. Ele disse: "vocês se importam se eu mexer com isso?" Uma hora depois, ele voltou: “Dá uma olhada nisso”. Ele editou algumas partes, tirou os pré-refrões e remixou.

Nós pensamos: "Isso é realmente muito bom". Nós estávamos voando para a Island e Spotify para mostrar algumas músicas. Tínhamos quatro ou cinco músicas que já estávamos tocando, e essa música era uma delas. Realmente ficou destacada. Ficou mais colorida. Nós falamos: "Cara, temos que ver se ele faria isso em mais algumas músicas". Ele tinha uma janela de tempo muito pequena pra ter algum espaço para nós, mas ele acabou fazendo tudo. Foi realmente a cereja no topo do bolo.

Eu acho que o "8" tem a mesma diversidade sonora que vocês sempre tiveram. De onde é que isso veio?

JP: Eu acho que sim. Somos uma banda diversificada. Todos nós gostamos de muitos gêneros musicais. Nosso objetivo musical é tentar algo diferente. Fazer músicas novas e coloridas. A química que temos, não da pra definir e não da pra planejar. É apenas a nossa composição química, e é por isso que é tão divertido.

(As músicas) são tão diferentes até de música para música. É o nosso DNA. Para mim, isso é perfeito. Mantém tudo fresco para todos nós.

O disco novo saiu um tempo depois do "If Not Now, When". Por que demorou tanto?

JP: Foram muitos anos. Nós estávamos trabalhando duro por mais de 20 anos. Nós estávamos meio que esgotados. Meio que cansados uns dos outros. Nós precisávamos viver um pouco. Nós nos separamos um pouco. Pra ser sincero, eu realmente não sabia se voltaríamos. Nós tiramos um tempo indeterminado para ver o que acontecia. Nós mantivemos contato. Nossa amizade ainda estava lá.

Todos fizemos nossos próprios trabalhos e lentamente começamos a falar: seria legal começar a tocar. Nós jantamos e começamos a conversar sobre isso. Alguns dias depois, tivemos a oportunidade de entrar em um dos estúdios de Hans Zimmer. Mike tinha trabalhado com ele. 

Então, isso levou ao EP que fizemos em 2015 (Trust Fall Side A). Então começamos a escrever o "8". Isso rapidamente se transformou em uma bola de neve. Quando chegamos ao estúdio, a faísca estava lá novamente. Nós ainda sentimos isso. Estamos fazendo muitos shows, ainda excursionando com esse disco. E estamos animados para escrever novas músicas.

É loucura pensar que já se passaram 20 anos desde que o "S.C.I.E.N.C.E." foi lançado?

JP: Cara, vai fazer 20 anos do "Make Yourself", também. Então é meio louco. Mas é muito legal olhar para trás. Tem sido um caminho muito divertido.

De dentro da banda, não é tão diferente. Nós ainda fazemos as coisas que sempre fizemos. Nós escrevemos música, nós gravamos, fazemos turnês. Tivemos a sorte de ter criado uma bem sucedida porção de seguidores, para que possamos fazer isso. Nós não temos que vender discos.

Mas lançar música é diferente. Precisamos de um disco completo? Faremos singles? Faremos EPs? 
Isso está em constante evolução. É empolgante agora. Todos os padrões são diferentes.
É um momento empolgante para nós. Nós vamos nos reunir depois desse verão e começar a escrever novas músicas.


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