segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Entrevista traduzida com Brandon

No último fim de semana, o Incubus tocou no Casino Ballroom em Hampton Beach e o site EDGE Radio entrevistou Brandon antes do dia do show. Abaixo a entrevista traduzida.





Os roqueiros multi-platina do Incubus irão para o Casino Ballroom em Hampton fazer um show íntimo no clube no sábado, 11 de agosto. EDGE falou com o vocalista Brandon Boyd para se atualizar sobre uma banda que está se aproximando de 30 anos de existência. Difícil de acreditar, mas é verdade.

EDGE: O Incubus começou em 1991. Isso é quase três décadas atrás. Para onde foi o tempo? Uma tristeza boa ... dito isso, leve sua mente para aquele tempo inicial (se possível). Você viu essa banda durando tanto?

Boyd: Sim, é incrível que todo esse jargão que os nossos pais nos ensinaram tipo “isso é tão rápido! etc., etc….” foi realmente real e surpreendentemente verdadeiro.

Quanto às minhas expectativas para a banda quando começamos, acho que não tinha nenhuma. Na verdade, seria extraordinário se um grupo de garotos do colegial de 15 anos de idade conseguisse ver o caminho através desse nível de abstração naquela época. A banda começou por puro fascínio com a música e ofício, e continua a nos surpreender de maneiras inesperadas!

EDGE: O que você aprendeu ao longo dos anos? Quais são as principais conclusões no que diz respeito à longevidade do Incubus na indústria da música?

Boyd: Eu acho que seria seguro dizer que o que eu (nós) aprendemos nestas décadas passadas é muito numeroso para se afirmar neste tópico. Mas esperamos que tenhamos nos tornado mais sábios em nossa abordagem em relação a vida, arte e expressão. E quando digo "sábio", não quero dizer calculado ou cauteloso: uma das coisas que mantém um fogo criativo é a disposição de abordar todas as coisas aqui, com uma dose saudável de irreverência. É possível ser muito precioso e calculado demais sobre a carreira de alguém, por isso acho que aprendi que, com a quantidade certa de sabedoria e irreverência, há uma chance melhor de encontrar equilíbrio em um mundo instável.

EDGE: Dito isso, vamos falar sobre seu último disco, “8”. Quais foram os objetivos por trás desse trabalho?

Boyd: Tenho certeza que a resposta aqui seria diferente dependendo de quem da banda você perguntasse, mas para mim eu abordei este álbum querendo criar algo que me fizesse rir, chorar e pensar, realmente corresse o espectro de possibilidades, e ser divertido para se recriar toda noite. Neste quesito, pouco mais de um ano do lançamento, me sinto realizado nisso!

EDGE: Como é o processo de criação na banda? Você escreve as letras e as leva para Mike (Einziger) para colori-las, ou existe um “vai e vem” mútuo que pode ou não começar com letras, mas talvez uma melodia ou riff?

Boyd: Há muitas idas e vindas, mas há muito do processo que é mais nebuloso e difícil de descrever. Não tem uma maneira de escrever uma música e devo dizer que estou muito aliviao com isso. (Risos)

EDGE: Falando em Mike, como vocês se conheceram? Por que o Incubus se juntou? O que significa para você estar nessa caminhada, fazendo música com a mesma pessoa durante muitos dos maiores momentos da sua vida pessoal?

Boyd: Nos conhecemos no ensino médio aqui na Califórnia e nos tornamos amigos por conta dos nossos interesses mútuos de surf, skate, música e arte. Muitos dos nossos alinhamentos originais ainda estão intactos! Nós dois somos nerds sobre as mesmas coisas ainda, mas tivemos algumas décadas para adicionar nessa lista de inspirações mútuas. É incrível ter amigos que também são parceiros criativos durante a maior parte de sua vida. José, Mike e eu tivemos muita sorte quando nos conhecemos.

EDGE: Para você, pessoalmente, o que aprecia na arte de escrever? Você é o tipo de escritor de momento, ou você precisa agendar o "horário de expediente" para transformar o ato de colocar uma caneta no papel em uma coisa? De onde você tira inspiração?

Boyd: Eu gosto da oportunidade de ter um meio de poder expressar potencialmente o que não se consegue expressar, de vagar pelo abismo e ter melodias e percepções agarradas às minhas patas como o pólen de uma abelha, e trazer essas coisas de volta ao mundo desperto. Eu sei que existem metodologias e fórmulas para este processo, mas eu acho que a razão pela qual eu ainda estou apaixonado e encantado por isso (esse processo) é que ele é profundamente mágico. É como se eu estivesse pegando o fogo de uma fonte original.


EDGE: Você tem um disco favorito do Incubus, ou é como escolher um filho favorito?

Boyd: Eu tenho álbuns que eu gosto mais hoje do que outros, mas eu tento não dizê-los em voz alta por medo de uma das crianças descobrir e se sentir inferior. (Risos)

EDGE: Para mim é  o ”S.C.I.E.N.C.E.” seguido de "Make Yourself" (não que você tenha perguntado…). Quando surgiu o sucesso comercial da banda, ou melhor, quando foi o momento em que você percebeu: "Ok, estamos fazendo algo aqui ..."

Boyd: Bem, obrigado! Acho que as coisas começaram a parecer mais "profissionais" depois de sermos uma banda por cerca de dez anos. Acho que tivéssemos chegado às nossas 10.000 horas naquele momento, então fez algum sentido. Então, por volta de 2000 ou 2001, as coisas começaram a parecer que as apostas eram maiores. Que foi assustador, mas super divertido também.

EDGE: Você está voltando para New Hampshire para um show no Casino Ballroom, em Hampton, no dia 11/8. Eu não me lembro da primeira vez que vocês vieram fazer um show, mas um que se destaca para mim, foi aquele logo após o 11 de setembro (2001), vocês estavam tocando em Meadowbrook Farm em Gilford, New Hampshire, que teve uma linda e épica à luz de velas. Você se lembra daquele momento? De volta ao show em questão ... O que te excita em voltar ao Granite State? Como o show é literalmente na praia, você pegará ondas antes do show?

Boyd: Eu nunca vou esquecer daquele show. Ou toda essa experiência em relação a esse assunto. Foi o começo de tantas coisas, tanto para a nossa banda como para cada um, mas também para a nossa cultura e para o mundo. Mas quanto a surfar? Eu realmente espero que eu possa!

EDGE: O que as pessoas podem esperar quando forem vê-los tocar desta vez?

Boyd: Os arco-íris que saem de seus globos oculares, ouvidos e genitais é o que as pessoas podem esperar. Mas não se preocupe, não faz mal. Estes não são o tipo de arco-íris que têm Skittles. Vejo vocês em breve!




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