quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Entrevista traduzida do Ben para Rolling Stone Indiana

Traduzimos uma entrevista com o Ben, para a Rolling Stone India nesse fim de semana, onde a banda tocou pela primeira vez, no festival Vh1 Supersonic, em Pune (setlist do show aqui).

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Incubus: ‘É como se fossemos garotos outra vez’


O baixista dos veteranos do rock, Ben Kenney fala sobre vir para India, achar novos ritmos em seus processos e empregos do dia a dia.


Falta cerca de meia hora para banda de rock alternativo da Califórnia, Incubus, subir ao palco no ‘Vh1 Supersonic em Pune’, fazendo sua longa e aguardada estréia na Índia, como parte de uma turnê mundial de um mês. Um grupo de músicos locais de dhol estão do lado de fora do camarim, o baixista Ben Kenney, o dj Chris Kilmore e o vocalista Brandon Boyd saem para começar um pré-festa. Com a bateria no volume total, os percussionistas locais fazem Boyd e Kilmore assumir os instrumentos e aumentarem as batidas e todos têm uma memória da Índia agora.

E para os fãs que estavam esperando, o Incubus fez do último dia do festival multi-gênero também memorável. Eles tocaram a maioria das músicas de seu último álbum ‘8’, que lançaram no ano passado, e conseguiram com que todos cantem junto, músicas como "Drive", "Pardon Me" e "Wish You Were Here", a última até incluiu uma tirada de chapéu para a música do Pink Floyd de mesmo nome.


Antes do show e apenas alguns minutos antes de se envolver no improvisado desempenho (com os músicos de dhol) nos bastidores, Kenney falou exclusivamente com a Rolling Stone India sobre a atual série de shows, a relevância de uma música como "Megalomaniac" e estar em uma banda de rock.



Como é vir para a Índia?

Ah cara, é ótimo. Demorou muito tempo para estarmos aqui, mas finalmente estamos fazendo a turnê e passando por aqui. Nessa mesma viagem, também vamos visitar a África do Sul pela primeira vez e o Alasca, na volta aos Estados Unidos. Então, há alguns 'primeiros' aqui, muito atrasados.

Vocês tiveram uma série de shows em Las Vegas que foram cancelados após a madrugada de 1º de outubro de 2017. Como foi voltar lá?

É legal. Nós fizemos dois shows no início dessa turnê e nós conseguimos ver algumas pessoas que já tinham planejado tudo para nos ver nos shows e tiveram que mudar de planos. É tipo de partir o coração quando algo assim acontece, mas, felizmente, vamos voltar e conseguir outro balanço disso. Nós realmente recebemos os primeiros respondentes (para o show). Pessoas que estavam lá quando tudo aconteceu, estavam agora no festival e conhecemos alguns deles antes de tocarmos. Isso foi muito legal.

Estando em uma banda de rock, Mike (Einziger, guitarrista) disse que não sabia o que mais poderia conseguir. Como é estar em uma banda de rock no momento? Existe alguma sensação de medo?

Uma coisa legal é que, falando por mim, estou envelhecendo e eu me importo cada vez menos sobre todo o resto (risos). Mas é especial. Não há muitas bandas de rock. Bem, há muitas bandas de rock, mas não há muitos que façam turnês e paguem suas contas e conseguem fazer o que fazemos no tamanho que conseguimos fazer. Nós fazemos grandes shows e temos muitos fãs e apoio - isso não é mais comum. Todos reconhecemos que é raro e tentamos tratá-lo de forma tão especial quanto isso é. Além disso, é bom estar em uma banda de rock em um momento em que todos não estão fazendo isso. Você diz: "Está tudo bem, ainda estamos fazendo isso".

O que você já ouviu sobre a Índia antes de chegar aqui?

Eu ouvi falar de ... Eu não conheço ninguém que veio aqui e tocou além de Mutemath. Eles são nossos amigos e já fizemos turnê com eles há cerca de seis anos. Eu tento manter minha mente tão aberta quanto possível, especialmente quanto mais longe estiver da cultura americana ou seja o que for. Eu apenas tento ser humilde e observador até chegar a hora de tocar.

Quando "Megalomaniac" foi lançada em 2004, muitas pessoas pensaram que era sobre George W. Bush. Sinto que é mais apto para o atual presidente americano, certo?

Você sabe, acho que vai ser uma coisa ao longo da história. O idiota que vem e pensa que todos trabalham para ele e que realmente não se importa com a vida humana. Isso é algo comum que acontece (risos). Provavelmente, quem é essa pessoa hoje, não é o última.

Vocês tocarão em festivais de verão dos EUA depois que a turnê terminar em março. O que mais você vai fazer?

Eu não sei. Tudo a partir desse momento é realmente bom. Estamos gostando de viajar juntos e espero que possamos fazer mais música, acho que faremos. Sinto que faremos tudo o que pudermos para manter ... não ter que conseguir um trabalho real.

Mesmo agora?

Sim (risos), mesmo agora. Especialmente agora.

Você tem medo de trabalho diário?

Hmm, sim, com certeza. Requer disciplina, que eu não acho que tenho.

E o resto dos caras da banda? Você olha para eles e pensa: "Sim, eles vão ficar bem em um escritório"?

Eles podem dizer que sim, mas eu não acredito nisso. A tinta secou sobre nós.

Como você define esta turnê mundial?

Nós tocamos muito juntos. Nós gastamos muito tempo fora de casa - na verdade, temos apenas um quarto, um estúdio dedicado para nós mesmos em Los Angeles pela primeira vez na história da banda. Não vamos a nenhum outro estúdio. Este é o nosso lugar. Desde que conseguimos, nós estivemos lá quase todos os dias, tocamos e realmente tocamos até o ponto em que quase ficamos sem tempo para ensaiar porque estávamos muito ocupados tocando e gastando tempo. Nós nos divertimos muito. Esta noite, espero que isso apareça, porque é como se fossemos garotos de novo.



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