Entrevista traduzida do site Guide Live, sobre a exposição OptiMystic do Brandon em Dallas, Texas.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Confira a arte de Brandon Boyd do Incubus, agora em exibição em uma galeria de Dallas.
Os fãs de música podem conhecer Brandon Boyd como vocalista da banda americana de rock Incubus, cujos sucessos "Drive" e "Wish You Were Here" estavam em todos as rádios no início dos anos 2000. Hoje, Boyd ainda está fazendo música com a banda, que lançou seu oitavo álbum apropriadamente intitulado de ‘8' em 2017, mas ele também está perseguindo sua paixão pela arte.
Boyd tem rabiscado e esboçado desde que era criança. Você pode reconhecer seu trabalho no videoclipe da música "Drive", com animação de Boyd e seu companheiro de banda, o baterista Jose Pasillas, inspirados na litografia ‘Drawing Hands’ de M.C. Escher.
"Eu ampliei um pouco a escala", diz Boyd sobre seu salto de um desenhista de meio período para um artista em tempo integral. "E eu ainda rabisco também. Suponho que, tendo metade da vida inteira em fazer rabiscos, talvez tenha me dado permissão para rabiscar mais."
Em 2003, Boyd lançou ‘White Fluffy Clouds’, um livro de reflexões, poesias, letras, primeiros artigos de jornais, fotografias pessoais e desenhos. Ele seguiu com ‘From The Murks of Abyss Abyss’ (Volume 2) em 2007 e ‘So The Echo’ em 2013, volumes que demonstram seu imenso talento em meios artísticos, assim como a sua evolução como artista.
Boyd diz que lançar os livros é um "processo de limpeza da primavera".
"No início de 2002 e 2003, eu estava meio que enterrado em esboços e cadernos de esboços e não tinha feito muitas pinturas naquela época, mas [fiz] toneladas de anotações. Comecei a me sentir sobrecarregado com isso". ele diz. "Estava atravancando um pouco meu processo e queria eliminá-lo, literal e espiritualmente."
Compilar parte dessa arte "me ajudou a acostumar com o processo das pessoas olhando para o trabalho", diz ele. "Eu fiquei melhor nisso ao longo dos anos - fazendo isso e deixando ir."
Ao criar a arte de sua atual exposição, ‘OptiMystic’, Boyd deixou as aquarelas e tintas acrílicas falarem. Ele diz que selecionou as cores com base no seu humor e estado de espírito e deixou que derramasse sobre o papel ou tela. Os pigmentos que se misturassem e unissem intensamente formariam uma mancha ininteligível que Boyd traduzia para a existência, como ele diz, "olhando para o vazio". Assim que as cores revelassem seus segredos, ele começaria a desenhar linhas e figuras caóticas, porém serenas, com tinta sobre o croma.
Ele diz que percebeu algo "vislumbrando de volta" em seu trabalho.
"Eu sempre fui fascinado por pintar os olhos. Eu gosto de pintá-los não no cenário mais tradicional e tenho notado em muitos dos meus quadros, que muitos dos olhos estão obscurecidos ou fechados e os olhos estão abertos em outros lugares. Talvez está sugerindo um olhar para dentro."
Ao desenhar ou pintar figuras humanas, Boyd usou amigos como fontes de inspiração. Em seu trabalho "Allie Enveloped", Boyd fez um estudo sobre uma fotografia de um amigo. Outro trabalho começou como um esboço de dois amigos em um abraço íntimo.
A pintura é "um pouco como uma prática diária, suponho", diz ele. "Em outras palavras, é como uma meditação. Não há nenhum ponto específico para isso. Não há nenhuma razão real para que eu vá para o meu estúdio pintar, além de amar isso.”
O trabalho de Boyd estará visível na Samuel Lynne Galleries até 2 de junho de 2018. Dê uma olhada - ou apenas olhe para o vazio, você pode apenas encontrá-lo olhando de volta para você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário